Sempre opto por não me apegar-me a algo ou a alguém. Não gosto de me sentir presa a emoções e gestos sedutores que me fazem sair de mim. Prefiro parecer despreocupada e negligente do que estar propícia a tomar atitudes de baixos valores e sustentar falsas confianças. Assim não corro o risco de me decepcionar ou fracassar criando barreiras e impedindo de agir com minha própria identidade. Prefiro me machucar errando e aprendendo do que ser imóvel e enfadonha. Eu não sou uma santa para precisar saber tudo. Também não gosto de me explicar. Não exijo compreensão, piedade ou promessas baratas. Apenas busco respeitar para ser respeitada. Saudades não sinto. De tudo o que passa, tenho o tirocínio da vida e nenhum receio. Palavras roubam, curam, atrasam, congelam, enfervecem, mudam as estações e vão embora. De cada sonho, surgem novos momentos, pessoas e arbítrios. Sigo sem motivos de me deter ao que se foi e ao que virá. Talvez certas coisas se apeguem a mim, mas eu jamais me apegarei a elas.
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