segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Outra Face - Deborah Ellis - Resenha

Não faz muito tempo que li o livro de Deborah Ellis e adaptação de Ana Maria Machado, A Outra Face, e me lembro dessa estória comovente que é a de Parvana, uma garota afegã de 12 anos que sofre para poder cuidar da casa e da família que é constituída pela mãe e seus 3 irmãos, o pai é sequestrado no começo do livro pelos talibãs, simplesmente por saber ler e escrever. O Afeganistão está em guerra e todas as escolas foram destruídas e bombas atacavam ali frequentemente.

As mulheres só podem sair de casa acompanhada de um indivíduo do sexo masculino, já que o pai não está presente, Parvana passar a ser um menino, cortando os cabelos e vestindo roupas do falecido irmão. Por isso o nome 'A Outra Face', ela gosta de sair durante o dia para trabalhar e conseguir o de comer para família, se sente mais livre por não ter que andar de burca.

A mãe em depressão. 2 irmãos pequenos. A irmã mais velha zomba dela a todo momento, mas ela sangra para poder ser o orgulho do pai, que estava ao lado dela sempre ajudando e dando força, porém  não se sabe se está vivo ou morto, apenas descobrem que foi preso nas mãos dos covardes. Parvana só tem uma colega de escola como amiga. 

Ao decorrer da história a mãe com ajuda de outras mulheres criam uma revista e reforços escolares para gerar emprego e renda. A irmã mais velha arranja um marido no Paquistão, onde a vida parece ser mais fácil, Parvana encontra o pai, mas o resto da família foi para o Paquistão, quando descobriram que lá também as pessoas estavam sendo mortas de maneiras terríveis.

O desfecho do livro é uma cena que Parvana e o pai estão numa carroça e o sol cobrindo o Monte Parvana, viajando para o Paquistão querendo encontrar a família viva.

Minha Opinião

Muito bom o livro do começo ao meio; o final não era muito o que eu esperava. Acontecem coisas legais, como por exemplo o reencontro de Parvana com o pai, mas algumas coisas ficam mal resolvidas como a mulher misteriosa da janela, e a ida para o Paquistão com a incerteza de uma vida melhor, e também o destino dos personagens. Talvez isso seja objetivo, com o propósito de mostrar que a vida afegã é incerta, as famílias não têm futuro e que cada coisa boa que acontece, por menor que seja, eles dão um valor imenso, ao contrário de muitos de nós, que mais reclamamos do que procuramos uma saída para nossos problemas, nem que sejam apenas tentativas...


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